Bigi (1993) aponta para um consumo anual per capita de proteína animal da ordem de 46,2 kg no Brasil, para o ano de 1993. São 18,5 kg de carne de frango, 13,3 kg de carne bovina, 7,4 kg de carne suína e 7,0 kg de peixe.
Isso representa um consumo pequeno frente a outros países. Na Alemanha Ocidental, em 1989, registrou-se um consumo de 54,6 kg per capita só de carne suína. Mesmo na Nova Zelândia, que é tradicional no consumo de carne ovina, são 13,5 kg/hab.ano de carne suína (USDA, Dairy, Livestock and Poultry Division, Foreign Agricultural Service).
O Gráfico 1 apresenta uma série histórica do consumo, no Brasil, de carne suína, bovina e de frangos. Verifica-se, no gráfico, que o consumo de carne suína manteve-se estável nestes últimos 22 anos. Por outro lado, o frango saltou de 2,3 kg/hab.ano, em 1970, para 16 kg/hab.ano, em 1992. O consumo de carne, que totalizava 22,1 kg em 1970, chega a 38 kg/hab.ano, em 1992.
Observando o Gráfico 1, surgem várias perguntas: como compreender um aumento no consumo geral de proteína animal, mas uma completa estagnação no consumo de carne bovina e suína? Particularmente à suinocultura, porque ela não se desenvolveu e acompanhou a ampliação do mercado?
Neste trabalho, pretende-se, através de uma análise sob a luz da Teoria Econômica, determinar as principais condicionantes do consumo e, com elas, tentar explicar a atual situação e traçar tendências, com possíveis ações para ampliação deste mercado.
Pages: | 47-55 |
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Authors: | Daniel Ioshiteru Kinpara Mestrando em Administração Rural da Universidade de Lavras(UFLA), Bolsista CNPQ |
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