O conceito de cultura vem sendo bastante discutido e estudado atualmente. A palavra cultura surgiu a partir da antropologia social, ou seja, quando grupos de estudiosos, no final do século XIX e início do século XX, começaram a pesquisar sobre as sociedades primitivas e verificaram que os modos de vida de cada sociedade se diferiam entre si e entre regiões. O conceito de cultura foi, assim, criado para representar, em um sentido muito amplo e holístico, as qualidades de qualquer grupo humano específico que passam de uma geração para a seguinte. A cultura organizacional de uma empresa, por sua vez, manifesta-se através da resistência à mudanças, resistência essa consequente dos valores, crenças, mitos e tabus que encontram-se enraizados nessa empresa; manifesta-se, também, através de padrões de comportamento ou estilo de uma organização assumido pelos funcionários, os quais incentivam novos colegas a seguirem.
A cultura de uma organização tem consequências poderosas, em especial, quando é fortalecida pela continuidade da liderança, estabilidade dos membros no grupo, concentração geográfica, o tamanho pequeno do grupo e o sucesso considerável. Através desse poder, ela permite a um grupo agir com rapidez e coordenação contra um concorrente ou em benefício de um cliente. Mas pode levar, também, pessoas inteligentes a tomarem decisões precipitadas e suicidas.
Portanto, no presente artigo, tentar-se-á caracterizar a cultura organizacional como um instrumento de poder em relação às transformações ocorridas dentro do ambiente empresarial, levando-se em consideração o seu conceito, mitos, tabus, enfim, toda a sua questão conceitual, de formação e de identificação.
Pages: | 67-77 |
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Authors: | Fernanda Pereira Tavares Mestranda em Administração de Recursos Humanos na Universidade Federal da Paraíba |
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