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A ÁREA DE RELAÇÕES HUMANAS E O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NUMA EMPRESA DO RAMO DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS E INFRA-ESTRUTURA: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO

A ÁREA DE RELAÇÕES HUMANAS E O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NUMA EMPRESA DO RAMO DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS E INFRA-ESTRUTURA: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO

O objetivo deste artigo é desenvolver algumas considerações a respeito da relação entre a área de

Relações Humanas (R.H.) de uma empresa de gerenciamento de projetos e infra-estrutura com o Planejamento Estratégico (P.E.) da empresa.

Apoiado em pesquisa bibliográfica, documental e entrevista pessoal com o diretor de R.H. da empresa exemplo, o autor discute o estágio atual e prospectivo das relações entre o R.H. e o Planejamento

Estratégico de empresas do setor. Para a compreensão e discussão utilizamos os comentários teóricos de Miller (85); Evans (86); Albuquerque (87); Beaumont (87) e Anthony (96), todos apontando para a necessidade de se considerar o R.H. como estratégia numa empresa e não apenas como ferramenta de apoio. Para a coleta de dados utilizamos a metodologia de documentação bibliográfica e entrevista aberta, conforme definida por Gil (91).

Para a análise da entrevista utilizamos os conceitos de Bardin (77).

Como estudo exploratório investigamos a história do lugar e da ascensão do R.H. de uma empresa de gerenciamento de projetos e infra-estrutura, que evoluiu de uma posição administrativa/operacional para um status de participante das decisões estratégicas da empresa.

Os dados mostraram que alguns tópicos que a literatura de Administração tem dado como solução para competitividade das empresas, tais como terceirização, descentralização e empowerment, foram utilizados sem sucesso no passado da empresa e que nos dois últimos anos, com a contratação de um diretor de R.H., reverteu-se o quadro de decisões de gestão, voltando a empresa, (e o R.H.) a desempenhar o que havia sido terceirizado, centralizar o que estava descentralizado e colocar alguns limites de poder de decisão e ação do pessoal. Com esta reversão a empresa obteve significativas reduções de custos, aumentos de produtividade e elevação do R.H. ao nível estratégico. Tudo obtido com um baixo grau de resistência do nível gerencial médio, que historicamente é o mais avesso às mudanças.

O texto sugere a oportunidade de pesquisas mais aprofundadas neste e em outros ramos de negócios, pois existem indícios de que outras empresas estão revertendo seus modos de gestão, abandonando algumas práticas que surgiram na última década, tais como as citadas terceirização e descentralização. Ao desempenhar seu papel estratégico, o R.H. pode, também neste caso de realinhamento de gestão, dar o suporte para a integração que a empresa havia perdido ao adotar tais práticas de gestão.

Authors: Ernesto Michelângelo Giglio
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