CAPA

Com muita satisfação comunicamos que a nossa revista Caderno de Pesquisas em Administração foi reclassificada, segundo avaliação do QUALIS/CAPES, passando do conceito Local, nota A, para Nacional, nota B. Esperamos continuar contando com o apoio de todos para o fortalecimento de nossa imagem no ambiente acadêmico.

A qualidade crescente dos trabalhos publicados neste veículo, que permitiu o reconhecimento do empenho de todos os envolvidos direta ou indiretamente, é evidenciada nos artigos incluídos nesta edição.

As áreas temáticas de Administração Geral, Administração Rural e Agroindustrial, Recursos Humanos, Finanças, Economia de Empresas, Estratégia Empresarial e Administração Pública estão presentes nesta edição.

Souza, Saldanha e Ychikawa tratam da importância da teoria crítica para a sociedade, a Administração e as organizações. Essa teoria visa ao bem-estar dos grupos social e historicamente inferiorizados, tais como mulheres, negros e pobres. Nas organizações, especificamente, essa teoria conduz à criação de ambientes de trabalho mais adequados para o desempenho e desenvolvimento profissional, sem tendências repressoras e de dominação.

O artigo de Guimarães apresenta os resultados provenientes de uma pesquisa com abordagem qualitativa e quantitativa junto a trabalhadores em uma empresa rural situada no Estado de Minas Gerais. O principal objetivo desse estudo foi a compreensão do clima organizacional preponderante nessa empresa, focalizando-o segundo alguns modelos teóricos disponíveis na literatura pesquisada. Os resultados do estudo forneceram aos administradores indicações de ações corretivas para algumas dissonâncias percebidas, bem como sugerem a manutenção das práticas que estão contribuindo para um clima organizacional cada vez mais voltado para a satisfação dos funcionários da empresa.

A preocupação com o conhecimento de características dos recursos humanos no serviço hoteleiro motivou os autores Saraiva e Silva a realizarem uma pesquisa com 110 profissionais de 5 hotéis da Cidade e da Região Metropolitana do Recife. Esse estudo, além de realçar a precariedade da condição socioeconômica e da escolaridade de tais profissionais, dá margem à realização de outras pesquisas que relacionem tais características à motivação para o trabalho e à qualidade do desempenho do serviço no setor hoteleiro.

A área de finanças é representada por Pereira e Securato, que realizaram um estudo para estimar a volatilidade de ativos a partir dos valores de mercado de empresas abertas com papéis negociados em bolsa de valores. Por meio de testes estatísticos, as estimativas obtidas pelo método sugerido pelos autores desse artigo foram confrontadas com os reais valores de mercado das empresas pesquisadas. A maioria das estimativas apresentou forte aderência aos verdadeiros valores do mercado, endossando a adequação da escolha do método de estimação utilizado.

Os autores Cosenz e Alegria, por sua vez, fizeram uma revisão da literatura sobre métodos de preços de transferência, que permitiu identificar as melhores opções, analisando conjuntamente os modelos de determinação de preços e o sistema de avaliação de desempenho dos gerentes das unidades sob sua responsabilidade.

No contexto das estratégias empresariais, o Modelo Delta de Hax e Wilde II é um novo instrumento de formulação de estratégias, analisado por Oliveira Junior, Piscopo, Nishioka e Cipolla. Os principais conceitos, no contexto de estratégias, são tratados ao longo do enfoque da evolução do pensamento estratégico, apresentada com o intuito de preparar o leitor para a compreensão das inovações introduzidas pelo novo modelo — uma das quais é a visão do potencial papel de parceiros a ser assumido pelos concorrentes.

Para o fechamento desta edição, é apresentado o artigo de Provínciali, Saraiva e Costa, que focalizou o processo de modernização no setor público. Para o entendimento dos aspectos subjacentes a esse processo, os autores estudaram o caso da Companhia de Saneamento de Sergipe (DESO), que adotou o Sistema de Gestão Compartilhada. O comportamento coletivo da empresa foi abordado em três dimensões: o desenvolvimento do comportamento coletivo, a conexão do comportamento com o processo de melhoria contínua e a participação da direção nesse processo.

Boa leitura a todos!

Authors: Maria Aparecida Gouvêa
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Arquivo: Volume: 11 · Número: 3