Os fluxos de capitais internacionais direcionados para o Brasil ao longo da década de noventa foram bastante significativos. O objetivo desta pesquisa foi identificar os principais fatores de influência sobre os fluxos obtidos através de Bônus e Notes, bem como avaliar os indicadores de mercado como elementos determinantes das circunstâncias mais adequadas à sua emissão.
Foi avaliada a influência dos fatores de atração (relacionados ao Brasil) e dos fatores de repulsão de capital (relacionados com o ambiente econômico externo). Os dados mensais (de janeiro de 1991 a abril de 1999) foram coletados no Banco Central do Brasil, FGVDADOS, IBGE e Moody’s. Foi utilizado um modelo de correção de erro para avaliar as relações de curto e longo prazo.
A variável explicativa que obteve o melhor resultado para o longo prazo foi o risco soberano do Brasil, emitido pela agência Moody’s. Para o curto prazo, os fluxos foram influenciados pelo risco do Brasil, pela taxa de juros LIBOR, bem como pelos fluxos de capitais registrados em instantes de tempo anteriores. As variáveis explicativas se comportaram de maneira coerente nas relações de curto e longo prazo. O rating se revelou importante em sua perspectiva relativa à capacidade e intenção que um devedor possui de honrar seus compromissos financeiros no longo prazo, bem como uma percepção sobre o risco de inadimplência.
Authors: | Antônio André Cunha Callado Doutor em Administração de Empresas – PPGA/UFPB, Professor Adjunto e Pró-Reitor de Planejamento da Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE E-mail: [email protected] |
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