Diferentemente das sociedades de capital, em que o voto é proporcional ao capital de cada investidor, a cooperativa é uma sociedade de pessoas em que cada cooperado tem direito a um único voto. Dessa diferenciação fundamental decorrem diversas implicações para o processo de gestão em cooperativas, em especial na relação entre cooperado e cooperativa. Trata-se de um modelo com grandes desafios na sua gestão, em razão dos aspectos doutrinários – cada cooperado, um voto. Em geral, acaba por tentar suprir demandas muito heterogêneas, produzindo um aumento natural do peso político no processo decisório. O objetivo deste ensaio é apresentar alguns dos instrumentos de gestão estratégica utilizados, tomando como base o estudo de caso de uma cooperativa agroindustrial brasileira, ao mesmo tempo em que são feitas algumas considerações sobre o sistema cooperativista em si, a partir do referencial teórico da Teoria da Agência. Como resultado, apresentamos os principais pontos críticos para a implementação dos projetos estratégicos, destacando a necessidade de aprimoramento de uma metodologia específica às cooperativas, dadas as suas particularidades.
Keywords: | competitividade, eixos estratégicos, estrutura organizacional, teoria da agência. |
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Pages: | 61-69 |
Authors: | Cláudio Antonio Pinheiro Machado Filho Professor do Programa de Mestrado Profissional em Administração da Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP). Pós-doutorando do Departamento de Administração da FEA/USP. Coordenador Executivo de Projetos do PENSA – FIA – FEA/USP. E-mail: [email protected] Matheus Kfouri Marino Doutorando em Administração pela FEA/USP. Mestre em Engenharia de Produção pela UFSCar. Pesquisador e Coordenador do Programa de Estagiários do PENSA – FIA – FEA/USP. E-mail: [email protected] Marco Antonio Conejero Graduado em Economia pela FEA/USP. Mestrando am Administração pela FEARP/USP. E-mail: [email protected] |
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