As empresas estão se conscientizando de que é essencial e benéfico manter um quadro de administradores qualificados e variados quanto ao gênero, raça, entre outros aspectos. A companhia se beneficia com as diferenças de perspectivas, experiências, estilos de comunicação e também com a representação da diversidade dentro de seu setor e entre os seus clientes (GOTCHER, 1999).
O gerenciamento da diversidade pode ser considerado um desafio para a empresa que se propuser a conhecer seus funcionários e a utilizar a diversidade de seus grupos (gênero, raça, religião, preferência sexual, habilidades, etc.) a seu favor, de forma que se torne mais competitiva.
De acordo com Taylor COX JR. (1994):
“Diversidade cultural significa a representação, em um sistema social, de pessoas pertencentes a grupos de diferentes significados culturais (…). A questão da diversidade em um contexto de sistema social é caracterizada por um grupo majoritário, ou seja, o grupo maior, e por grupos minoritários, ou seja, aqueles grupos com menor quantidade de membros representados no sistema social, comparados ao grupo majoritário (…). O grupo majoritário também corresponde àqueles membros que têm historicamente mais poder e recursos econômicos, comparados aos membros dos grupos minoritários.”
Esses grupos diversos – negros, índios, mestiços, mulheres – compõem o quadro de funcionários das organizações e constituem os grupos minoritários, não relativamente à quantidade, mas no que se refere ao poder.
Embora o número de mulheres em cargos de média gerência tenha aumentado nas últimas décadas, elas têm ocupado somente cerca de 30% a 40% dos cargos de gerência e supervisão (MARIOTTI, 1999), e o número de mulheres ocupando altas posições em grandes organizações ainda permanece extremamente baixo.
Embora várias companhias estejam recrutando mais ativamente mulheres para posições de diretoria, em 1998 somente 12% dos cargos desse nível, em 500 empresas americanas, eram ocupados por mulheres, segundo dados da publicação Standard & Poor’s (GOTCHER, 1999).
Os motivos de as mulheres não estarem assumindo posições na alta administração não são totalmente claros e podem variar da falta de experiência, oportunidades de carreira inadequadas, estereótipos, à falta de interesse das próprias mulheres, que preferem dedicar seu tempo a outras atividades.
Este artigo aborda aspectos da diversidade cultural, assim como aspectos da cultura organizacional que ajudam a entender como é tratada a diversidade relativa ao gênero nas empresas.
Por meio da análise do quadro de funcionários da administração geral de uma empresa do sistema financeiro nacional, o artigo demonstra como tem sido a ocupação dos cargos de supervisão, gerência intermediária, chefia e diretoria dessa empresa pelas mulheres.
Authors: | MARIA CRISTINA RESZECKI Mestranda do Curso de Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo. Atua como Analista Organizacional em uma empresa do sistema financeiro. |
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